O comportamento alimentar pode parecer banal, mas demanda grande complexidade ao ser humano. Ao ingerir alimentos os indivíduos respeitam dimensões nutritivas, emocionais e relacionais, ou seja, a prática gustativa envolve questões relacionadas ao desenvolvimento físico, psíquico e social.
A percepção distorcida da imagem corporal dos indivíduos portadores de Transtornos Alimentares sofre influência dos padrões socioculturais de beleza presentes na contemporaneidade.
Estudos apontam prevalência de tais distúrbios no período da adolescência quando o ser humano está construindo sua identidade social e enfrenta diversas pressões relacionadas às alterações corporais. Estes fatos tendem a afetar diretamente a autoestima e confiança do jovem, aumentando os sentimentos de autodepreciação, culpa e insegurança, provocando reações de ansiedade que podem levá-lo a associar o transtorno alimentar e outros comportamentos como a prática de autoferimentos (cutting).
Os dois Distúrbios Alimentares mais importantes referem-se à: a Anorexia Nervosa (perda de peso associada à abstenção de alimentos total ou parcialmente e a prática de métodos purgativos auto induzidos (vômitos, uso de laxantes), excesso de exercícios físicos uso de medicação para perda de peso e/ ou diuréticos; e a Bulimia Nervosa, caracterizada por episódios repetidos de hiperfagia (comer muito) acompanhadas por preocupação constante com o peso corporal e a autoimagem. Na Bulimia nervosa também há a presença do uso de mecanismos purgativos mas em compensação aos episódios de compulsão alimentar.