A base do desenvolvimento humano em seus aspectos físicos, cognitivos e psicossociais. O processo de aprendizagem e organização cognitiva acontece desde o momento do seu nascimento. A criança experimenta o mundo e aprende a partir de suas experiências, sendo assim, estas são determinantes para a construção da sua identidade. A criança tende a repetir os comportamentos e atitudes daqueles que os cercam. Por isso, a importância de estabelecer um ambiente acolhedor, seguro, criativo e lúdico a fim de explorar seu potencial. No entanto, quando o ambiente apresenta instabilidade o desenvolvimento infantil pode ser afetado e há necessidade de adaptação às mudanças.

Cada indivíduo possui formas particulares de lidar com o novo. A partir deste momento, o psicólogo se insere como facilitador no processo de reconhecimento, elaboração e resolução das questões que trazem sentimentos de ansiedade, desespero, angústia, tristeza, agressividade entre outros. Isto fica evidente diante da incompreensão e dificuldade da criança em processar crises familiares e educacionais.

Toda criança com certeza já ouviu: “o que você quer ser quando crescer?”, enquanto é costume todo adolescente responder se já decidiu o que vai fazer no vestibular. As crianças respondem com um sonho distante e os adolescentes sentem a pressão de decidir de imediato que caminho seguir. Todos possuem múltiplas habilidades, e eleger apenas uma para desempenhá-la ao longo da vida pode torna-se muito aflitivo. O processo de autoconhecimento facilitará ao adolescente descobrir caminhos possíveis, planejar seu futuro e sentir-se mais seguro com sua escolha.

A imposição social a respeito da carreira motiva várias questões emocionais que podem surgir antes, durante ou depois que uma direção foi traçada. O apoio psicoterápico pode auxiliar e aliviar o sofrimento de articular essa decisão profissional com os conflitos que se somam a essa fase do desenvolvimento e dificultam percepção de novos pontos de vista.

Muitos procuram uma companhia para partilhar seus sonhos e projetos de vida. O estabelecimento de uma parceria entre duas pessoas pressupõe confiança, respeito e sentimentos. Para que os laços conjugais se constituam baseados nesses pressupostos, há a necessidade do desenvolvimento de habilidades como a empatia, o autoconhecimento e a possibilidade de abertura para um diálogo claro e sincero.  A relação sexual é importante para o fortalecimento da intimidade do casal e assim, na construção de sua conjugalidade.

Caso haja a influência de fatores externos e/ou internos, a relação conjugal pode sofrer impactos sobre as estruturas da vida a dois, inclusive na vida sexual. Outros pontos de grande importância e desafio são: o respeito aos limites e individualidades de cada um, a questão entre fidelidade e lealdade, o momento em que os dois deixam de ser um casal para tornarem-se uma família.

A chegada à Maturidade pode gerar grandes reflexões, por isso, o indivíduo costuma, a partir dessa fase, reconsiderar e repensar sua vida. Além das questões emocionais, o ser humano deve lidar com diversas mudanças físicas e com o declínio das capacidades funcionais. O aumento da expectativa de vida e as transformações do avançar da idade, somados a acontecimentos como a aposentadoria, a saída dos filhos de casa, as perdas sucessivas, o adoecimento e a proximidade da morte, podem provocar muita ansiedade e tristeza. Neste instante, os sentimentos de incapacidade, inutilidade e desesperança podem aparecer, alterando o seu bem-estar. Procurar uma ajuda psicológica pode ser muito útil neste momento, pois o psicólogo é o profissional apto a compreender as questões do desenvolvimento humano e sua longevidade, reconhecendo seus limites, e capaz de auxiliar na recuperação da qualidade de vida, a traçar e conquistar novas metas e no resgate da esperança e do desejo de viver.